Fonte: Keeping Girls in School (KGS) |

Sultão de Sokoto (Nigéria) e Kabaka de Bugunda (Uganda) chamam à mobilização os líderes tradicionais para manter meninas na escola

Reunir todos os líderes do continente para promover a iniciativa “Keeping Girls in School”

O fator determinante do desenvolvimento de nossas comunidades é a educação das meninas

ABUJA, Nigéria, 16 de janeiro 2019/APO Group/ --

O Sultão de Sokoto (Nigeria), Sua Eminência Muhammadu Sa’ad Abubakar III, o Kabala de Bugunda (Uganda), e Sua Alteza Ronald Edward Frederick Kimera Muwenda Mutebi II, presidiram hoje o encontro Keeping Girls in School. O evento reuniu dirigentes africanos, chefes tradicionais e religiosos, grupos de juventude, advogados e líderes formadores de opinião, em Abuja, Nigéria.

O encontro de cúpula de dois dias reuniu os chefes tradicionais e religiosos influentes de todo o continente para discutir a questão crucial de manter meninas na escola ao longo dos ensinos primário e secundário (ou seja, 12 anos de escolaridade). A outra temática fundamental foi a pesquisa de diversas e enriquecedoras soluções dentro das culturas e valores dos líderes formadores de opinião na África. Com a pobreza fazendo parte dos fatores principais que impedem meninas de frequentar escolas, a conferência também quer fomentar o desenvolvimento de competências escolares que geram rendimento.

Há décadas, os governos africanos e seus parceiros internacionais de desenvolvimento se empenham por melhorar as condições de gravidez e parto das mulheres do continente. Contudo, pouco progresso foi registrado no setor da saúde de mulheres e crianças, apesar da publicação de numerosos estudos demonstrando o impacto positivo da educação da mãe sobre a saúde da criança. Foi constatado que meninas que terminam o ensino secundário desfrutam de uma melhoria considerável da saúde delas e das crianças, bem com uma melhor capacidade para tomar decisões. Além disto, estas meninas têm mais chance de se sustentar e criar condições de nutrição e saúde adequadas à família e à comunidade. O vínculo intenso entre a educação da mãe, sua saúde e o desenvolvimento das famílias proporciona que o futuro das famílias africanas depende da educação das meninas.

A conferência ofereceu aos chefes comunitários uma plataforma de dialogo para trocar ideais e práticas exemplares. Também representou uma ocasião de elaborar estratégias e criar redes dedicadas a manter meninas nas escolas. O evento ainda permitiu a sensibilização destes chefes e a aquisição do conhecimento necessário para motivar os pais e as pessoas que cuidam da criança a se comprometer que todas as meninas do distrito cumpram pelo menos 12 anos de escolaridade.

No seu discurso, o Sultão de Sokoto, Sua Eminência Muhammadu Sa’ad Abubakar III, solicitou a todos os chefes tradicionais e religiosos do continente a se concentrar no desenvolvimento de suas comunidades, declarando: “O fator determinante do desenvolvimento de nossas comunidades é a educação das meninas”. “Acredito que os chefes tradicionais e religiosos terão um papel de liderança na formação do futuro da África, assegurando que todas as meninas terminem o estudo secundário e alcancem o conhecimento necessário para vencer na vida”, acrescentou.

Os chefes tradicionais e religiosos presentes incluíram: Sua Excelência Muhammadu Buhari, Presidente da Republica Federal da Nigéria; o emir do Kano (Nigéria); Sua Alteza Muhammada Sanusi II, que apresentou um texto intitulado “Perspectivas de desenvolvimento na África – população, educação e investimento”; O emir do Argungu (estado de Kebbi, Nigéria) Sua Alteza Alhaji Samaila Mera; a Nnabagereka do Buganda (Uganda); a Rainha Sylvia Nagginda; o Asantehene do Asante (Gana): o arcebispo de Abuja; o cardeal John Onaiyekan; Shikh Sheriff Ibrahim Saleh; Sua Majestade Nana Ama Kodanu, mãe rainha dos Ashanti; o Sultão Zinder (República do Niger), Sua Alteza Aboubacar Sanda.

Igualmente, representantes de organizações internacionais como o Fundo de Investimento para a infância (CIFF), a Fundação do Fundo das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) na Nigéria, o Fundo das Nações Unidas para a Educação (FNUAP), o Departamento para o Desenvolvimento Internacional (DFID) e vários outros participaram do encontro de cúpula.

Além do mais, compareceram representantes de vários ministérios, departamentos e agências da Nigéria, dos quais o ministro do território e da capital federal, Muhammad Musa Bello, e o ministro da Educação, Mallam Adamu Adamu, enfatizaram a importância da educação das meninas.

O encontro ofereceu aos líderes tradicionais e religiosos a oportunidade de refletir e propor ideias sobre o modo de contribuir com a iniciativa “Keeping Girls in School” em suas comunidades. O objetivo deles é aumentar a taxa de escolaridade e retenção além de garantir que as meninas obtenham competências úteis na vida diária e aptidões que gerem rendimentos.

A iniciativa será ampliada pelo apoio de grupos de mulheres e da juventude. Eles apoiarão líderes tradicionais e religiosos ao incentivar os jovens a se tornar mentores e fomentar a permanência de meninas nas escolas. Além disto, líderes africanos usaram sua influência para promover a causa e servir de modelo em suas comunidades.

Após esta conferência, chefes tradicionais e religiosos têm a possibilidade de utilizar esta plataforma para se comprometer de modo regular e compartilhar o conhecimento próprio, mantendo meninas em escolas na África.

Distribuído pelo Grupo APO para Keeping Girls in School (KGS).

Contato de imprensa:
Laide Akinyanmi
oakinyanmi@africapractice.com

Sobre Keeping Girls in School:
Keeping Girls in School é uma iniciativa com objetivo de lançar um movimento social na África que fomente a melhoria da saúde maternal e infantil e do estado de mulheres e meninas na África. Esta iniciativa incentivará e apoiará líderes tradicionais e religiosos que modelam normas sociais, a cultura e o comportamento da maioria da população africana, indistintamente de classe, religião ou sexo. A finalidade é elaborar estratégias e soluções para garantir às meninas africanas pelo menos 12 anos de escolaridade.

Para mais informações: Siga-nos no Twitter @KGISAfrica e faça parte de uma conversa com pelo #GirlsInSchoolAfrica.