O Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, aprovou recentemente a solicitação de "Não Objecção" relativa a terceira revisão do programa do Fundo Monetário Internacional (FMI) de apoio financeiro a República da Guiné-Bissau.

De acordo com o Decreto Presidencial publicado em  Diário da República,  de  12 de Julho, e que à Angop  teve  acesso  nesta  quarta-feira, a Guiné-Bissau  está  entre  os grupos  de países  pobres, altamente  endividados (HIPC), e  merece um  tratamento  diferenciado no capítulo das  ajudas financeiras.

Assim, a solicitação da Não Objecção do Governo de Angola  em Relação a  República  da Guiné-Bissau, visa  a aprovação  pelo Board  do FMI, em curso naquele país, com vista  ao desembolso por aquela  instituição financeira  de um  valor, para  apoiar  a  economia do país africano.

A Guiné-Bissau solicitou apoio financeiro ao FMI para fazer face a crise económica e alavancar a sua economia.

"Tendo em conta  que, para o efeito, o FMI  exige  que a República  da Guiné-Bissau  negocie a sua dívida  com os países credores, entre eles  Angola, e que  honre com  esses  países",  lê-se  no documento assinado pelo Presidente  da República, José Eduardo dos Santos.

A  República  da Guiné-Bissau  contraiu  com a República  de Angola  várias dividas, no âmbito  de alguns protocolos financeiros, desde 1978, que  estão  avaliados  em  mais de 45 milhões  de  dólares  norte-americanos.