Fonte: Nestlé |

Dia Internacional da Mulher: O que é necessário para alcançar a igualdade de género?

Por Rémy Ejel, Diretor Executivo da Nestlé Central and West Africa (CWA) Ltd.

Alcançar o equilíbrio e a igualdade de género deve ser uma das principais prioridades na nossa sociedade

ACCRA, Gana, 6 de março 2020/APO Group/ --

"Deveria haver igualdade para todos - homens e mulheres - em todos os níveis e todas as idades" foi o apelo convincente de Anna, uma das nossas jovens talentosas da Nestlé CWA Ltd (https://www.Nestle.com/), sobre igualdade de género.

Durante a nossa breve conversa no elevador há algumas semanas, fiquei impressionado com a compostura, a determinação e o foco desta brilhante estagiária quando falámos sobre a sua função atual - e a sua ambição inspiradora de ser ela própria a Diretora Executiva no futuro.

No Dia Internacional da Mulher (http://bit.ly/2TN4dZI) deste ano, o seu comentário faz-me pensar sobre o que o tema deste ano, #EachForEqual (Todos por igual), realmente significa. Enquanto líder principal, não só sinto a responsabilidade de guiar os colaboradores a aspirar e capacitarem-se para que se tornem quem querem ser, mas também de determinar a forma como nós, enquanto coletividade, podemos tornar as ambições como as de Anna uma realidade para todos.

Mais empresas africanas devem promover iniciativas de igualdade de género

Na África Central e Ocidental, um número crescente de empresas, incluindo a Nestlé, têm feito progressos para aumentar o equilíbrio de género. No Gana, a MTN (http://bit.ly/39rDZTk) abriu uma creche nos seus novos escritórios em Accra para oferecer cuidados infantis aos filhos dos colaboradores com idades entre os 5 e os 15 meses e instalações de amamentação para as mães. A Newmont Corporation (http://bit.ly/2TqJNqL) também tem como objetivo fazer alterações no seu local de trabalho dominado por homens, ao contratar e promover colaboradores, independentemente do sexo, e ao oferecer instalações de amamentação no local.

Estes são apenas alguns exemplos de empresas da região que tomam ações concretas para tornar a igualdade de género uma realidade no local de trabalho.

No entanto, estas medidas não são suficientes e o progresso tem de ser acelerado. De acordo com o ritmo de mudança atual, o Fórum Económico Mundial (http://bit.ly/38qRPnE) prevê que serão necessários uns impressionantes 99,5 anos até que a paridade de género seja conseguida. Como tal, todas as entidades patronais devem duplicar os seus esforços para conseguir a igualdade de género.

Proporcionar oportunidades iguais para homens e mulheres

Acredito que deve ser feito um esforço consciente por parte de todas as organizações, públicas e privadas, para oferecer oportunidades iguais para homens e mulheres.

Em África, isto é um desafio, uma vez que as mulheres jovens, em comparação com os homens jovens, têm menos probabilidade de serem formalmente empregadas ou de receber educação ou formação, de acordo com o Banco Mundial (http://bit.ly/3cvnFTn). O acesso desigual à educação, as taxas de casamento precoce entre mulheres e as responsabilidades familiares devem ser superadas rapidamente para aumentar o número de mulheres nas forças laborais formais.

A Nestlé, como a maior empresa de alimentos e bebidas do mundo, tomou medidas no ano passado para priorizar a igualdade de género e anunciou o Plano de Aceleração de Género (http://bit.ly/2VTgZZD), que se baseia em três pilares: liderança ousada, cultura de capacitação e um conjunto de práticas facilitadoras. 

Na nossa região, por exemplo, estamos a aumentar ativamente o número de mulheres em departamentos que tradicionalmente contratam homens. Nos centros de formação técnica da Costa do Marfim e da Nigéria, estamos a equilibrar a entrada de candidatos em programas de formação, que, no passado, eram predominantemente do sexo masculino.

De facto, houve um aumento de quase 80% nas admissões de mulheres, e há atualmente uma proporção quase igual de homens em relação a mulheres nestes centros de formação.

Recentemente, também nomeámos a nossa primeira gestora de fábrica, Joell Abega-Oyouomi, na fábrica da Costa do Marfim que produz caldos MAGGI. Antes de assumir este cargo, chefiou o Centro de Investigação e Desenvolvimento da Nestlé em Abidjan, Costa do Marfim. Além disso, nomeámos a primeira gestora de produção da Nestlé CWA, Julia Atta, na fábrica de Tema, no Gana, em 2018. Estes são marcos importantes para a nossa empresa na região e desafiam a linha de trabalho "não tradicional" para as mulheres. Estas mulheres também são exemplos notáveis para jovens africanas que têm como aspiração posições de liderança.

Priorizar a igualdade dos pais

Enquanto Anna e eu discutíamos a conciliação da família com a vida profissional, ela afirmou que, embora ainda não seja mãe, é-lhe claro que a gravidez, o parto e o cuidado dos filhos recaem muito sobre as mulheres, o que pode retardar a sua progressão na carreira. A licença de maternidade atual na África Central e Ocidental é melhor quando comparada com muitos outros países do mundo. No entanto, estão a prestar a devida atenção ao equilíbrio tão necessário nas responsabilidades de educar filhos?

A licença parental para homens e mulheres ajuda a diminuir a desigualdade. Responde ao desejo das gerações mais jovens que querem cada vez mais assumir funções iguais na educação dos filhos. A licença parental também traz inúmeros benefícios para as áreas de negócios, economia e sociedade, como destacado pela revista Forbes (http://bit.ly/3cCp6jc). Ajuda a transformar a perceção de que educar uma criança é uma responsabilidade das mulheres, minimiza a "penalidade da maternidade" no local de trabalho e permite que os pais invistam tempo para garantir que os seus filhos tenham o melhor início de vida possível.

Um momento pioneiro para a Nestlé na região será o lançamento da sua política de apoio aos pais (http://bit.ly/38mnHKd) neutra relativamente ao género, que será concluída em 2021. Nos termos desta nova política, a licença parental para cuidadores primários, biológicos e adotivos, será prolongada para 18 semanas de licença paga na totalidade e, pela primeira vez, também ofereceremos um mínimo de quatro semanas para cuidadores secundários, como pais, para os quais o mínimo global anterior era de uma semana.

A igualdade começa em casa e a política de licença parental da empresa deve ser inclusiva para permitir que os funcionários prosperem e cumpram as suas aspirações profissionais.

Reduzir os preconceitos no trabalho e em casa

Ainda existem muitas ideias preconcebidas sobre os papéis dos homens e das mulheres na sociedade africana.

De acordo com o Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento (http://bit.ly/2x5L6Cu), as mulheres africanas são impedidas de realizar o seu potencial, seja como líderes na vida pública, na sala de reuniões ou no crescimento dos seus próprios negócios. Elas passam demasiado tempo a realizar atividades domésticas, tarefas que podem ser partilhadas por ambos os sexos. Estas barreiras tradicionais são fundamentalmente injustas e podem impedir as mulheres de alcançarem todo o seu potencial.

É necessária uma mudança de mentalidade desde os níveis mais baixos até ao topo. Deve haver igualdade nos cargos iniciais e nos cargos de poder, pois a liderança deve refletir a mudança que queremos ver.

Para ultrapassar preconceitos, os gestores e colaboradores da Nestlé recebem formação sobre diversidade e inclusão para fomentar uma cultura de inclusão e reduzir o preconceito no local de trabalho. Atualmente, os anúncios de emprego são neutros relativamente ao género para minimizar a perceção de que um cargo específico é direcionado a um determinado sexo.

A contratação deve basear-se apenas em qualificações, experiência e mérito, não no género.

Promover a igualdade para que se torne uma realidade

Alcançar o equilíbrio e a igualdade de género deve ser uma das principais prioridades na nossa sociedade. É por este motivo que apoiar o movimento #EachForEqual e promover a igualdade em toda a empresa faz parte do compromisso da Nestlé de melhorar a igualdade de género na nossa força laboral e capacitar as mulheres em toda a cadeia de valor (http://bit.ly/38lfaqM).

Incentivamos outras organizações e empresas na África Central e Ocidental e em todo o mundo a continuar a fazer progressos em direção à promoção de oportunidades iguais para homens e mulheres, priorizando a igualdade dos pais e diminuindo os preconceitos em casa e no trabalho.

A igualdade de género pode ser uma realidade e cabe-nos a todos nós incutir esta mentalidade e capacitar jovens talentos como a Anna. Mais mulheres no local de trabalho faz sentido numa perspetiva empresarial (http://bit.ly/2Tnj3am). É benéfico para as empresas, benéfico para a economia e benéfico para África.

Isto é indiscutível e devemos continuar a impulsionar a diversidade para todos. 

Distribuído pelo Grupo APO para Nestlé.