African Leaders Malaria Alliance (ALMA)
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    • Sua Excelência Carlos Pinto Pereira, Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e Comunidades, República da Guiné Bissau (Centro) apresenta o Relatório de Progresso da Malária em África à margem da Cimeira da UA
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Fonte: African Leaders Malaria Alliance (ALMA) |

A África enfrenta uma tempestade perfeita na luta contra a malária: Os líderes apelam acção rápida e afectação de mais recursos

Embora haja vontade política e instrumentos de intervenção, os progressos para a eliminação da malária têm abrandado

Para voltarmos efetivamente ao bom caminho, temos de acrescentar novas ferramentas ao nosso arsenal contra a malária

ADDIS ABABA, Etiópia, 20 de fevereiro 2024/APO Group/ --

Sua Excelência o Presidente Umaro Sissoco Embaló, Presidente da Aliança dos Líderes Africanos contra a malária (ALMA) (www.ALMA2030.org), anunciou no sábado que a África está no centro de uma tempestade perfeita que ameaça perturbar os serviços essenciais de combate à malária, e que salvam vidas. A África enfrenta mais ameaças que aumentam o risco de mortes causadas pela malária. O défice de financiamento crítico para os programas de luta contra a malária, associadas à crise financeira mundial em curso, o impacto das alterações climáticas, a resistência aos insecticidas e aos medicamentos e as crises humanitárias, estão a criar crises sem precedentes que devem ser resolvidas com urgencia para evitar o aumento da incidencia da malaria.

"Se não agirmos de imediato, podemos assistir ao aumento de casos de mortes causads pela malária dado o defice de financiamento, ameaças biológicas e perturbações climáticas", afirmou Sua Excelência o Presidente Embaló , num discurso proferido em seu nome por Sua Excelência Carlos Pinto Pereira, Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e Comunidades, República da Guiné-Bissau."Nao obstante, a malária oferece oportunidade para uma abordagem totalmente integrada em que todos os sectores contribuem nos esforços de construção de sistemas de saúde sustentáveis e resistentes", acrescentou.

No contexto dos acrescidos desafios de desenvolvimento global, incluindo a crise económica global que está a afectar particularmente a África, a realização do objectivo de eliminar a malária e combater outros desafios em matéria de saúde, incluindo as doenças tropicais negligenciadas, depara-se com muitos obstáculos.  Embora haja vontade política e instrumentos de intervenção, os progressos para a eliminação da malária têm abrandado.

O sexto Relatório Anual de Progresso da Malária na África estabelece o tom para conquistas-chave para reverter o curso da malária.O relatório aponta para um défice significativo de recursos, com os Estados-Membros diantes de um défice orçamental de 1,5 mil milhões de dólares até 2026, apenas para manter a actual cobertura das intervenções essenciais contra a malária, ainda inadequada. Este défice, associado à crise financeira mundial e ao custo mais elevado dos produtos essenciais de combate à ameaça da resistência, pode resultar na duplicação de caso de mortes causadas pela malária, reflectindo os piores cenários previstos no início da pandemia de COVID-19. Além disso, é necessário um financiamento anual adicional de 5,2 mil milhões de dólares para que o continente registe progressos na eliminação, permitindo que os países implementem plenamente os seus planos estratégicos nacionais. Os Estados-Membros, em colaboração com os parceiros multissectoriais nacionais e internacionais, devem agir rapidamente para colmatar estas lacunas e financiar integralmente os planos estratégicos nacionais para o combate a malária.

O relatório salienta igualmente a ameaça cada vez mais presente das alterações climáticas para a saúde, incluindo a malária e as doenças tropicais negligenciadas. A África, que contribui com apenas 4% das emissões globais de carbono, sofre um impacto desproporcionado das catástrofes induzidas pelo clima, como ondas de calor, cheias e secas, que também ameaçam aumentar a malária e outras doenças transmitidas por vectores no continente. Ha necessidade de uma agenda integrada para combater estas ameaças. A malária é um exemplo da necessidade do reforço dos sistemas de saúde, cuidados de saúde primários e de preparação para responder as pandemias, e um exemplo perfeito do impacto das alterações climáticas sobre a saúde. A comunidade internacional deve aumentar o seu apoio às medidas de atenuação e adaptação e, ao mesmo tempo, garantir que a África assume este desafio e contribui com  recursos adicionais necessários para acabar com a doença de uma vez por todas.

O relatório reconhece os investimentos a longo prazo e os esforços heróicos envidados pelos países, parceiros e profissionais de saúde comunitários em toda a África na luta contra a malária. Apesar disso, o continente africano continua a suportar um enorme fardo, com 94% de todos os casos de malária (233 milhões de casos) e 95% de todas as mortes causadas por esta doenca (580 000 mortes). As crianças são as mais afectadas, sendo que cerca de 78% do total das mortes causadas pela malaria na região afectam crianças com menos de cinco anos.

"As ferramentas existentes estão a enfrentar a ameaça da resistência. Para voltarmos efetivamente ao bom caminho, temos de acrescentar novas ferramentas ao nosso arsenal contra a malária. A boa notícia é que dispomos de ferramentas altamente eficazes capazes de combater estas ameaças", afirmou Sua Excelência a Embaixadora Minata Samate Cessouma, Comissária para a Saúde, Assuntos Humanitários e Desenvolvimento Social da Comissão da União Africana. "Estas ferramentas mais recentes funcionam melhor, mas custam mais caro. O fabrico local e os esforços de modelação do mercado por parte dos Estados-Membros e dos parceiros podem reduzir alguns dos custos, tornando-os económicos e acessíveis e criando maior impacto", acrescentou.

O Relatório da União Africana sobre o Progresso no Comabte a maláriade, na sua edicao de  2023 revela avanços positivos no controlo da maláriae noutras áreas da saúde, nomeadamente através da utilização estratégica das ferramentas do cartão de pontuação da saúde. A utilização de dados para orientar a programação em tempo real conduziu a acções significativas, incluindo a mobilização de recursos, formação, orientação, estratégias de aquisição para colmatar as ropturas de stocks e maior envolvimento da comunidade em mais de 40 países em África. Estes dados em tempo real e os cartões de pontuação para a responsabilização e as ferramentas de acção permitiram que os países resolvam mais eficazmente os estrangulamentos e impulsionem mais acção.

O relatório apela ao lançamento acelerado das campanhas nacionais "Malária Zero Começa Comigo", que ja conta com s 29 países participantes. A criação de Conselhos e Fundos multissectoriais nacionais para o Fim da malária e das DNT é crucial para a defesa, acção, mobilização de recursos e responsabilização. Estes conselhos já mobilizaram mais de 50 milhões de dólares em África em apenas 7 países até à data, enquanto 15 países estão a trabalhar para lançar os seus conselhos e fundos em 2024.

Finalmente, a recente certificação da República de Cabo Verde pela OMS como nação livre da malária é um testemunho do que pode ser alcançado em África com e acção colectiva e compromisso inabalável. Este marco fundamental coloca Cabo Verde ao lado de 43 outros países e territórios que eliminaram esta doença fatal. A eliminação da malária em Cabo Verde ilustra a arte do possível, encarnando o espírito de " Malária Zero Começa Comigo".

Acesse ao relatório aqui (https://apo-opa.co/4bDJmPP).

Distribuído pelo Grupo APO para African Leaders Malaria Alliance (ALMA).

As perguntas e pedidos informacao da imprensa devem ser dirigidos a:
Tawanda Chisango  
Oficial de Comunicações  
African Leaders Malaria Alliance  
Email: tchisango@alma2030.org
Telemóvel +1 929 375 2100
Web: www.ALMA2030.org 

Wynne Musabayana
Oficial de Comunicações  
Comissão da União Africana  
Email: : musabayanaw@africa-union.org
Web: www.AU.int

Sobre a ALMA:
Fundada em 2009, a Aliança dos Líderes Africanos contra a Malária (ALMA) é uma coligação inovadora de Chefes de Estado e de Governo africanos que trabalham para além das fronteiras nacionais e regionais para alcançar uma África livre da malária até 2030. Todos os Estados Membros da União Africana são membros da ALMA. www.ALMA2030.org.