Fonte: Delegation of the European Union to Mozambique |

Seca em Moçambique: Organizações de ajuda humanitária ampliam a protidão e a resposta às calamidades s naturais

UE e a Cooperação Austríaca para o Desenvolvimento desembolsam 1.6 milhões de euros para aumentar a resiliencia e adaptação às alterações climáticas

A União Europeia está empenhada em ajudar os moçambicanos gravemente afectados por uma das piores estiagens da história recente

MAPUTO, Moçambique, 1 de agosto 2016/APO/ --

A União Europeia e a Cooperação Austríaca para o Desenvolvimento providenciaram 1.6 milhões de euros a um consórcio de organizações internacionais que trabalham em Moçambique para ajudar as comunidades vulneráveis ​​a adaptarem-se às mudanças climáticas e aumentar a sua resisiliência. Moçambique está a enfrentar a pior seca dos últimos 35 anos como resultado do fenômeno climático El Niño. Cerca de dois milhões de pessoas precisam de assistência humanitária urgente.

O consórcio COSACA inclui organizações humanitárias internacionais: CARE, CONCERN WORLDWIDE, Save the Children e a Oxfam. O consórcio vai usar o fundo para aumentar as suas actividades e prestar assistência de emergência através de comida para as pessoas afectadas pela seca. O seu objectivo é garantir que 500.000 pessoas tenham acesso à alimentação e água potável e ajudar as comunidades a tornarem-se mais fortes face às mudanças climáticas. Até então, o apoio internacional para atender as necessidades tem sido muito reduzido, com menos de um terço das necessidades a serem supridos actualmente.

"A União Europeia está empenhada em ajudar os moçambicanos gravemente afectados por uma das piores estiagens da história recente. Este financiamento permitirá que os nossos parceiros em Moçambique forneçam a assistência humanitária de urgência e fortalecer a resiliência das comunidades afectadas pelo El Nino ", diz Peter Burgess, Chefe do Gabinete Regional do departamento de ajuda humanitária e de protecção civil da Comissão Europeia (ECHO).

As agências estão a trabalhar em paralelo para aumentar a resiliência das comunidades propensas às calamidadess naturais em Moçambique. "Nós não podemos esperar que as pessoas percam tudo durante as secas, ciclones ou inundaçoes que se aproximam. Quanto mais as comunidades estiverem preparadas, menor é  sua vulnerabilidade quando os desastres naaturais ocorrem ", diz Cathy Riley, Adjunto Director Nacional da CARE em Moçambique.

Devido à sua localização geográfica, Moçambique é susceptivel a uma grande variedade de calamidades naturais, causando regularmente danos significativos e agravando a pobreza. "O nosso objectivo é melhorar os sistemas de aviso prévio e dar preparação mais abrangente, especialmente para as mulheres e crianças, que geralmente são mais atingidas", diz Peter McNichol da CONCERN. 

As organizações vão trabalhar com atores-chave, tais como organismos comunitários locais responsáveis ​​pela redução de risco de calamidades naturais e sistemas de aviso prévio em particular nos distritos vulneráveis ​​da Zambézia e Nampula. O financiamento vai ajudar a garantir que as famílias vulneráveis ​​possam proteger os seus meios de subsistência das calamidades naturais através de provisão de sementes mais resistentes à seca com ciclos mais curtos. As organizações estão a colaborar e coordenar estreitamente com os órgãos governamentais e comunitários, como as Comissões Distritais do INGC para a gestão de calamidades e comitês locais de calamidades e de redução de riscos.

As pessoas nas províncias da Zambézia e Nampula estão entre as mais vulneráveis ​​e mais pobres do país, sendo severamente e cilcicamente atingidas por secas, ciclones, inundações e padrões climáticos erráticos associados às alterações climáticas. " Os desastres naturais estão a atingir o  mais pobre dos pobres, que já esgotou todos os seus recursos. É difícil para as comunidades acompanharem o ritmo acelerado das mudanças climáticas. Estamos a ajudar as comunidades a serem mais fortes e não perderem a luta contra os desastres naturtais  recorrentes ", diz Riley.

Distribuído pelo Grupo APO para Delegation of the European Union to Mozambique.